As certificações green buildings não são novidades na construção civil. Há alguns anos elas têm ganhado destaque como uma forma de promover práticas sustentáveis tanto na construção como na operação de edifícios.
Green buildings são construções projetadas e operadas de forma a reduzir impactos negativos no meio ambiente e oferecer benefícios para os ocupantes, sejam elas comerciais, industriais ou residenciais. E é aí que entram as certificações, que estabelecem critérios e padrões para a sustentabilidade dos empreendimentos, incentivando a indústria da construção a adotar práticas mais responsáveis.
Além disso, ao atingir os critérios na construção, os green buildings quando submetidos às certificações são reconhecidos por isso. Levam o selo da certificação, por adotarem as práticas e tecnologias sustentáveis em seu projeto, construção e operação.
Algumas das principais certificações no Brasil são o famoso LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o AQUA-HQE (Haute Qualité Environnementale), o Procel Edifica, o Selo Casa Azul e o EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies). Cada uma dessas têm critérios específicos para avaliar o desempenho ambiental e a sustentabilidade de um empreendimento.
A Certificação EDGE se destaca por sua abordagem simplificada e acessível. Ela foi desenvolvida pelo IFC (International Finance Corporation), com o objetivo de tornar a certificação sustentável mais fácil a projetos em mercados emergentes. Por exemplo, 8% de novas construções na Colômbia já receberam a certificação. Atualmente, o EDGE está presente em 160 países.
Alguns exemplos de edifícios certificados pelo Edge no mundo:
O EDGE foca em três áreas principais de eficiência: energia, água e materiais de construção. E os empreendimentos podem obter a certificação quando conseguem atingir uma redução projetada mínima de 20% no uso dos três elementos citados, quando comparados a um edifício padrão.
A concentração nessas três áreas principais é o que torna o EDGE mais adaptável às empresas, diferentemente quando submetem seus empreendimentos ao LEED, por exemplo, que exige adequações muito mais específicas de acordo com normas técnicas industriais ou internacionais que depois acabam, até mesmo, interferindo na operação dos edifícios.
A simplicidade da Certificação EDGE também está relacionada à sua metodologia de avaliação. A análise prescritiva do processo utiliza um aplicativo para calcular o desempenho de eficiência do edifício. Isso torna o processo mais rápido e menos burocrático em comparação a outras certificações que exigem avaliações mais complexas, lentas e detalhadas.
Além disso, a Certificação EDGE é atraente para desenvolvedores e proprietários devido aos benefícios tangíveis que oferece. Edifícios certificados EDGE podem reduzir significativamente os custos operacionais, tanto em termos de consumo de energia quanto de água, resultando em economias financeiras a longo prazo. Além disso, esses edifícios geralmente têm uma vantagem competitiva no mercado, pois são percebidos como mais sustentáveis e socialmente responsáveis.
A Certificação EDGE promove não apenas a eficiência em sustentabilidade, mas também oferece vantagens financeiras e reconhecimento global. Conheça os principais benefícios:
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