Torre da Companhia Fospar S.A. no Paraná recebe Menção Honrosa no Prêmio Abcic 2018

Localizado em Paranaguá, no Estado do Paraná, o projeto de construção da Torre 8 da empresa Fospar S.A recebeu o Prêmio Menção Honrosa durante a edição de 2018 do Prêmio da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic).
A companhia é produtora de superfosfato simples, com capacidade de produção de 500 mil toneladas/ano. Desde 2001, a empresa possui um moderno terminal portuário que contribui para as importações do agronegócio. O local é especializado em fertilizantes a granel, com capacidade de descarga de 2,4 milhões de toneladas ao ano.
A obra premiada faz parte da ampliação das torres de transferência da Fospar
Fertilizantes. Inicialmente, o projeto previa a execução in loco, porém visando agilizar o processo construtivo, a solução proposta foi o uso de pré-fabricados para atender todas as exigências arquitetônicas e garantir a entrega no prazo estabelecido.
Entre as exigências, estava a necessidade de montagem e soldagem durante o período de paralisação da companhia. Para atender a demanda, foi proposta a otimização do projeto em tempo hábil para receber as estruturas metálicas de transferência de materiais.
Conheça o projeto
Com 30 metros de altura, a torre era composta por cinco pavimentos que recebem maquinários e esteiras metálicas para transferência de insumos, entre uma e outra.
Por se tratar de um pórtico rígido e conter equipamentos mecânicos e esteiras metálicas, a seção das peças e peso foi elevada, principalmente nos pilares. Para as ligações foram utilizados nichos na parte inferior da viga que receberam barras de transferência de esforços fixadas em luvas de encaixe já concretadas nos pilares. As peças que formavam o nicho da torre foram concretadas “in loco”, enquanto as ligações tiveram as barras de polegadas torqueadas no encaixe concretado nos pilares.
Nos primeiros dois pavimentos, a torre possuía uma limitação de tamanho na base devido aos layouts já existentes. O tamanho final da torre variava de 6,10 m para 9,10 m. Para realizar a ligação, foram criadas vigas de transição em balanço com pilares em suas extremidades. Após a transição, os pilares foram projetados com “braços” de concreto e receberam pré-lajes e vigas pré-fabricadas.
Principais desafios
Exigências arquitetônicas e prazos justos que não permitiam ajustes e mudanças na proposta inicial estavam entres os principais desafios deste projeto. Visando evitar contratempos e atrasos, a opção foi manter os níveis dos pavimentos e seções das peças conforme projeto básico, porém ainda assim houve importante redução das taxas de armaduras para permitir as ligações.
Soluções em pré-fabricados
Para a construção das torres foi utilizado um volume total de 455 m³ de concreto pré-fabricado distribuídos em peças de sistema de seção completa (fabricadas na indústria), seção parcial (produzidas no canteiro de obras), lajes de painel maciço, pilares e escadas.
O projeto arquitetônico foi assinado pelo escritório EPC Engenharia Projeto e Consultoria e arquiteto Roberto Gomes F. Junior, enquanto o Grupo CASSOL foi o responsável pelo projeto estrutural com assinatura do engenheiro Charles José Reis Hipólito, além de fornecer e montar as estruturas pré-fabricadas da obra.