Aquecimento do setor de construção civil causa aumento de demanda pré-fabricada

Após o final do primeiro semestre de 2018, as expectativas de crescimento do setor da construção civil continuam positivas e o mercado mantém-se otimista. O controle da inflação, as taxas de juros em queda e a maior disponibilidade de crédito foram alguns dos fatores responsáveis pelo atual cenário promissor.
Apesar de um período de baixo crescimento entre 2016 e 2017, mediante a delicada realidade econômica que o país enfrentou, a construção civil confirma as previsões de especialistas e apresenta sinais de recuperação. Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, dos segmentos que compõem o setor, o que mais se destaca em 2018, é o mercado imobiliário, com expectativa de crescimento de 10%.
Números positivos
No entanto, a recuperação do setor também reflete na melhora de resultados de segmentos ligados ao setor da construção. Já no primeiro trimestre, dados da FGV apontavam que a produção física industrial de insumos havia crescido 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a quinta alta consecutiva nessa comparação interanual.
A pesquisa ainda mostrou que apesar de lento, o crescimento do setor é consistente. O aumento da confiança em todos os segmentos da cadeia da construção teve início, no fim de 2017, mas foi no primeiro trimestre de 2018 que registrou sua maior alta, aproximando do nível que reflete o otimismo.
Aumento da demanda de pré-fabricados
Outro fator que demonstra a retomada é a presença de novos projetos e obras pelo país afora. Através da oferta de pré-fabricados para o setor, o Grupo CASSOL testemunha o crescimento e participa diretamente nas construções de rodovias, aeroportos, termo-elétricas, projetos de atacado e varejo.
Além de obras de infraestrutura, industrial e comercial, há também a expansão do mercado imobiliário residencial. Em várias regiões do país, o setor registra alta. Entre os exemplos, está Uberaba, no Triângulo Mineiro. A cidade cresceu 52% no primeiro semestre ante aos comparativos trimestrais de 2017, segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria e Comércio (Sinduscon-TAP).
Mercado de luxo
Já as capitais Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo vão além e se destacam por investir nos empreendimentos mais sofisticados e caros da história. Nestas regiões, o segmento de imóveis de luxo não para de se expandir. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o número de lançamentos cresceu 69,6% nos últimos 12 meses. No geral do mercado imobiliário, o avanço foi de 27,1% , com mais 88 mil unidades. O crescimento é confirmado pelo Sindicato da Habitação (Secovi) que afirma que o mercado imobiliário de luxo cresce a um ritmo de 20% ao ano.
Para o segundo semestre a expectativa continua positiva. Com forte indicativo do melhor resultado do PIB após 4 anos de queda, aliado à redução da taxa de juros, é possível prever o aquecimento do mercado da construção civil e o seu fortalecimento para os próximos anos.